segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Sadomasoquismo

O sadomasoquismo, também conhecido como S&M, é a busca pelo prazer gerado pela imposição e pelo recebimento de dor. A prática não está relacionada somente ao sexo, mas a todo o tipo de prazer.
O sadomasoquismo é a junção de duas tendências sexuais diferentes: o sadismo e o masoquismo. Os termos foram criados pelo psiquiatra austríaco Richard Freiherr von Kraftt-Ebing no livro 'Psychopathia Sexualis', de 1886. A palavra sadismo foi inspirada no Marquês de Sade, um escritor francês que viveu entre os séculos XVIII e XIX e ficou famoso por seu estilo de vida libertino e por suas obras recheadas de referências a práticas sexuais baseadas no sofrimento alheio.
 
Já o termo masoquismo surgiu a partir de 'Leopold von Sacher-Masoch', um jornalista e escritor austríaco o século XIX, mais conhecido pelo conto 'Vênus em Peles' (1869). Nesta obra, o autor descrevera várias fantasias sexuais, incluindo a da mulher dominante - fetiche que gerou muita polêmica na sociedade da época. Obcecado pelo prazer obtido pela submissão, Leopold chegou a assinar um contrato para que ele se tornasse o escravo sexual de sua esposa, durante 6 meses.
Geralmente, relacionamentos que envolvem práticas sadomasoquistas são consensuais e os papéis do sadista e do masoquista são discutidos previamente. O sadista (ou sádico) é aquele que sente prazer quando vê ou faz o outro sentir dor (que pode ser psicológica ou física).
Já o masoquista é aquele que têm prazer em sentir ou idealizar a dor (física ou psicológica).
De acordo com uma pesquisa da Northern Illinois University (EUA), durante as práticas sadomasoquistas, o nível do cortisol (hormônio relacionado ao estresse) dos submissos cai drasticamente - o que aproxima a dor à sensação de prazer. Já um estudo de 2009, conduzido por pesquisadores do Imperial College London (Reino Unido), indica que a dopamina, um neurotransmissor relacionado ao prazer, também pode ser liberada como recompensa a estímulos causados pela dor.
Popularmente, o sadista é chamado de 'dominador' e o masoquista, de 'submisso'. O primeiro deve comandar o relacionamento e o segundo deve obedecer às ordens sem fazer questionamentos.
A prática mais comum aos adeptos dos relacionamentos sadomasoquistas é o spanking: bater no submisso com a mão, palmatória ou outros objetos.
Os dominadores também costumam usar bondage, uma técnica em que o submisso é amarrado ou imobilizado.
Outra prática bastante difundida entre os sadomasoquistas é o uso de coleiras. Em alguns casos, além de colocar o acessório no pescoço, os submissos são tratados como animais de estimação e devem cumprir tarefas pelo Dominador, como pegar uma bolinha ou dar a patinha.
Também são práticas sadomasoquistas: torturas com objetos pontiagudos e cortantes, como agulhas, facas, piercings e prendedores; tortura com fogo, água, cera, óleo quente; chicotadas, puxões de cabelo, asfixia, choques elétricos, inserções de objetos no ânus e mordidas.
Existem vários artifícios para intensificar o poder do Dominador, que vão desde encenações e fantasias, até o uso de objetos que estimulam áreas erógenas ou evidenciam a situação de inferioridade do submisso.
O objeto mais conhecido do universo sadomasoquista é a algema.

Retirado e adaptado da Revista Super Interessante

Nenhum comentário:

Postar um comentário